É um texto longo, mas achei muito giro, tirado d'aqui
(texto da activa.sapo.pt)
"São sete os sabotadores da nossa dieta. Conheça os seus inimigos e fique a saber como combatê-los!
1. O namorado novo
É o empata-dietas nº1. Todos os homens deviam vir com um aviso ao
pescoço: "Cuidado: contador de calorias desativado". Até eles entrarem
nas nossas vidas, tinhamos os dias placidamente organizados em torno de
saladas, iogurtes, grelhados, fruta. O nosso maior pecado era uma
bolachinha de água e sal. Se a Dra. Isabel do Carmo nos encontrasse no
corredor do hipermercado, não teria nada a dizer do nosso carrinho. E de
repente, cai-nos no colo o Pedro Miguel. Ou o Vasco. Ou o Joãozinho.
Não interessa. Nisto são todos iguais.
De repente, as nossas vidas são uma romaria de almoços em
churrascarias e jantares em pizzarias, de salame acompanhado de leite
com chocolate, de feijoada de manhã e pataniscazinhas à noite e um
esparguete com camarão de madrugada, quando a fome aperta e ele se
lembra das receitas da mãezinha. E se depois disto ainda nos atrevemos a
dizer que não nos apetece sobremesa, ele franze o sobrolho e diz: "Não
me digas que estás em dieta".
Claro que depois adoram que se seja escanzelada, acham que ser
escanzelada vem nos genes, que toda a gente pode comer impunemente 4000
calorias por dia como eles, e honestamente não percebem o que é que tem a
pizza a ver com as calças.
Como resistir a este inimigo da nossa dieta: Ensiná-los a fazer
saladinhas com salmão. Se o amor foi muito, aprendem. Se não for, é uma
boa altura para pensar se valerá assim tanto a pena estar com um homem
que não respeita os seus gostos culinários.
2. A mãezinha
É o contrário dos ladrões: arromba-lhe a casa e em vez de sair
abraçada ao seu portátil, aos brincos de esmeraldas e aos cartões de
crédito, sai mais leve depois de se desembaraçar da perna de peru, do
borrego assado, dos pastéis de bacalhau, e do gelado de chocolate de que
você gosta tanto. São um perigo público: conhecem-nos desde que
nascemos.
Enchem-nos o frigorífico e o congelador, e nunca é com alface. Sabem
perfeitamente que nos deitaríamos da ponte por 'cheesecake', crepes com
gelado, batatas fritas acabadas de fritar e rissóis de camarão. As
nossas fraquezas para elas não têm segredos. E a juntar a tudo isto,
mesmo que as filhas já vão nos 52 anos elas vivem no pavor que um dia
fiquem fraquinhas, magrinhas e com falta de resistências, e que o mundo
as acuse de serem más mães.
Como resistir a este inimigo da nossa dieta: Se passou a vida toda a
comer pastéis de bacalhau sem protestar, agora pode ser difícil... Se
vive acompanhada, diga que o Carlitos não aprecia assim muito os pastéis
de bacalhau. Se vive sozinha, olhe, vá mais à ginástica para
compensar...
3. O patrão
Às vezes ele nem lá está. Não importa. Manda-a a si. Onde? Então, a
um almoço "com aquele cliente difícil" ou "àquele que está a querer
passar-nos a perna". Não há dificuldade que resista a uma tarte de
maracujá, e não há perna que substitua uma boa perna de franguinho de
fricassé.
Em Portugal, 'negócio' equivale a 'comida'e a subida na carreira é
diretamente proporcional ao aumento de almoços e jantares 'de negócios'.
E claro que um almoço de negócios nunca é à frente de uma salada e de
um sumo. Ninguém discute negócios com fome, até porque a fome, no nosso
mundo, é tabu, e depois fica mal recusar a mousse à sobremesa porque não
se vai deixar o cliente especado à nossa frente a devorar a mousse dele
sozinho, e a beber vinho sozinho e a comer sozinho feijoada à
brasileira enquanto a gente depenica um caldinho de legumes.
Como resistir a este inimigo da nossa dieta: Que tal informar-se dos
gostos gastronómicos dos seus clientes? Até pode acontecer que eles
também suspirem por uma saladinha... No caso de suspirarem por uma
alheira com batatas fritas e ovo estrelado, ou outro semelhante enfarte
empratado, peça um peixinho grelhado e à sobremesa uma salada de fruta.
Ou então, que tal desenvolver a moda do pequeno-almoço de negócios? É
menos provável que lhe sirvam uma alheira ao pequeno-almoço...
4. O filho
Ai também é muito mau. Principalmente os filhos com idades entre os 4
e os 12 anos. Com os bebés, mesmo que se acabe o resto de sopa de
legumes que deixaram no prato (o iogurte nunca acabamos, porque eles o
comem sem açúcar e isso a nós até nos arrepia) não vem daí mal ao mundo.
Agora quando se começa a acabar o resto das papas, dos cereais, dos
pães de leite com fiambre e manteiga, das bolas de Berlim, do leite com
chocolate, das bolachas, das gomas, dos bolicaos, dos hambúrgueres, não
há dieta que se aguente.
Como resistir a este inimigo da nossa dieta: Olhe, não lhe dê tantas
porcarias para comer. Ao contrário do que se pensa, as crianças não
precisam da quantidade astronómica de açúcares e gorduras com que as
envenenamos. Talvez seja uma boa altura para repensar a alimentação
deles, e não é assim tão difícil pô-los a comer melhor, principalmente
se der o exemplo.
5. A amiga magra
Sabe qual é? Aquela que diz que come de tudo e não engorda. E come
mesmo. Pelo menos, à nossa frente. Como ser fiel à nossa nutricionista,
quando a gente pede um peixinho com espinafres e à nossa frente a boa da
Marta se alambaza de arroz de marisco como se não houvesse amanhã? E
depois do arroz de marisco ainda vem um pãozinho e mais uma
sobremesazinha "para não ficar enfartada" e depois um cafezinho com três
pacotes de açúcar e depois ainda tem a lata de dizer "eu bem queria
engordar, mas por mais que faça, não sou capaz..." A gente quase diz:
"Se quiseres, eu explico-te" mas vê-se logo que ela não tem esse tipo de
sentido de humor.
Como resistir a este inimigo da nossa dieta: Faça com ela outros
programas que não incluam comida. Vão passear à praia, andar de
bicicleta, fazer compras, ou ao cinema, por exemplo. Se ela levar
pipocas, ataque com pastilhas sem açúcar.
6. A sogra
Depende das sogras, claro, mas este é aquele tipo que nos convida
para almoçar e aproveita que estamos em posição subalterna para ver qual
é o ponto máximo de expansão do nosso estômago. É uma luta desigual:
ela avança, pobre senhora, com um sorriso de orelha a orelha a
acompanhar as infindáveis travessas de arroz de pato ("Se calhar não
gosta", "gosto gosto", "Ai não parece, tirou tão poucochinho") e
pão-de-ló, scones com manteiga e com doce, bolo de laranja, rabanadas
("Ainda só comeu quatro!") e tostas com marmelada a acompanhar o
capuccino. Nós, é evidente, não podemos dizer: "Chega! Acabou! Não mais
tostas, não mais bolo de laranja, não mais rabanadas! Noras de todo o
mundo uni-vos!"
Como resistir a este inimigo da nossa dieta:: Aqui não há como. Se
puder, tire aquele curso de tae-kwon-do nos dez dias que antecedem a
visita. Mas cuidado: a primeira visita estabelece o que vão ser todas as
outras (possivelmente para o resto da sua vida!) Por isso, se não quer
passar o resto da vida a comer bolo de chocolate, não gabe o bolo de
chocolate. Desfaça-se em elogios ao bacalhau e aos brócolos, às
tangerinas e ao chazinho, à salada de frutas e à sopinha de legumes. Mas
nem pense em pronunciar a palavra 'dieta'. Vai ouvir imediatamente: "Ai
mas está tão magrinha!" (sogra simpática) ou "Vocês agora têm todas a
mania das dietas, é por isso que depois não conseguem ter filhos em
condições" (sogra que só mesmo se o filho valer imenso a pena).
7. As colegas
Não há nenhuma que nos apoie na nossa luta. Quando, heroicamente, se
pede um iogurte no bar, há sempre quem estranhe: "Um iogurte? Só? Que é
feito do bolo de arroz?" Aqui é o reino do "Come lá, não sejas parva." E
do "Anda lá lanchar." Ou pior: "Trouxe aqui uns doces de ovos feitos
pela minha avó que são de cair para o lado." O pior é que a comida em
Portugal está estreitamente ligada à socialização. Não há amizade sem um
cafezinho, e não há cafezinho sem um mil-folhas. Ficar-se pelo iogurte
quando toda a gente ataca os folhados é uma forma de insulto ao grupo:
de repente, já ninguém pode comer sem complexos de culpa aquilo que tem
no prato.
Como resistir a este inimigo da nossa dieta: Explique que está em
dieta e não pode comer os bolinhos da avó mas que adora vê-las comer e
se pudesse comeria 300. Vá lanchar com elas, mas coma o seu iogurte. Não
responda às 'bocas'. Com o tempo, hão-de se habituar."
Olha, adorei!!! É tal e qual... Ah, odeio pessoas magras que comem de tudo! Ainda por cima tenho uma pastelaria e genero de snack-bar, onde faço tostas e baguetes e hamburguer´s e passa-me tudo pelas mãos, é um martírio... Se por um lado me dizem que a tosta de frango é maravilhosa por outro fico eu a roer-me de não poder comer uma todos os dias!!!
ResponderEliminarMuito bom este texto, as mães são um veneno, cuidado com elas, dos dois lados...
beijinhos e parabéns pelo blog
Parece que estava a ver a descreverem a minha mãe e a minha sogra :))
ResponderEliminarEu ainda ameaço a minha mãe "Olha que vais para o blog!!", mas nem assim! O que vale é que é só uma vez por semana... Beijo
lolololol
ResponderEliminarExactamente, mas essa única vez por semana estraga o esforço de 6 dias, como é que é possível??????
beijinhos
Ahahah completamente! Sabotadores malvados...!
ResponderEliminarBeijinho e bom fim de semana!*